Empresas adotam ações sustentáveis com foco em EPS

Nível de reciclagem brasileira sobre o EPS está próximo de países Europeus

Segundo Airton Hajaj, gerente industrial da Knauf Isopor®, o Brasil pode ser destacado como o país que mais recicla EPS na América do Sul e outras ações sustentáveis. De acordo com o último estudo Maxiquim, realizado em 2012, é reciclado mais de 34,5% de EPS no Brasil, ou seja, foram 13.570 toneladas de EPS pós-consumo reaproveitadas como EPS ou como novos materiais a partir do poliestireno. O número é considerado acima da média se comparado com outros materiais da família dos plásticos.

“Nós estamos próximos aos níveis de reciclagem da Europa. Trabalhamos para aumentar cada vez mais a conscientização da população”, conta Airton. Cerca de 15% da reciclagem de plásticos na Europa Ocidental é realizada via reciclagem energética. Os produtos fabricados com EPS, ao serem queimados em usinas térmicas a 1.000 ºC, para geração de energia, se transformam em gás carbônico e vapor d’água, elementos que fazem parte da natureza, uma tecnologia que também poderíamos implantar no Brasil.

Porém, apenas com o aumento dos pontos de coleta seletiva, conscientização da população por meio dos veículos de comunicação e trabalho conjunto com as empresas fabricantes e consumidoras do EPS já é possível que o Brasil chegue a um nível de sustentabilidade superior ao da Europa.

Uma opção de como contribuir para esse processo é realizada nas fábricas da Knauf Isopor®, que disponibilizam ações principais para a reciclagem do EPS. “Reutilizamos todo material gerado internamente como refugo técnico para o processo de recortados de blocos e moldagem dos produtos. Outra oportunidade é o EPS passar pelo processo de degasagem em que, após encaminhado para extrusão, se torna poliestireno novamente, utilizado para fabricação de outros materiais como moldura de quadro, rodapé, cabo de vassoura, entre outras aplicações”, explica Airton.

A Knauf Isopor® também trabalha com a logística reversa. É possível que o consumidor entregue o EPS usado para entrar no processo de reciclagem da empresa, mas reforçam que “para quem descarta o EPS é importante evitar a contaminação do material para que ele seja 100% reciclável”.

Se mais empresas adotarem medidas sustentáveis, em curto ou médio prazo poderíamos ter outra realidade. “A solução é a população saber que o EPS é 100% reciclável, destina-lo para coleta seletiva e as empresas se engajarem em ações sustentáveis”, afirma Silvia Rolim, assessora técnica da Plastivida, Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos.

A Fiat Automóveis, por exemplo, também se preocupa com o meio ambiente e possui um sistema interno de gerenciamento de todos os resíduos gerados pela planta. “Especificamente o EPS, havia uma geração mensal de 06 toneladas e atualmente esse número diminui para 4,8 toneladas/mês, equivalente a cobrir uma área de um milhão e trezentos e oitenta mil metros quadrados com três andares. Este material é gerado principalmente na linha de montagem da fábrica e é originário das embalagens vindas de fornecedores externos e transportes de motores das unidades fabris até a FIAT”, descreve Cristiano Augusto Felix, engenheiro mecânico da Fiat Automóveis, em um edital de projeto de reciclagem da montadora.

O EPS é um material 100% reciclável, portanto, com o uso de matéria-prima baixa, consumo consciente e aumento da reciclagem, o EPS participa para que o Brasil esteja cada vez mais sustentável.

“É importante nós trabalharmos com ações internas, criar novos pontos de coleta para o EPS e reforçar a comunicação a fim de justificar que o EPS é um material 100% reciclável e que todos têm responsabilidade de descartar corretamente o material”, conclui Airton.

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